sexta-feira, 12 de junho de 2015

AO MEU SAUDOSO MESTRE JOSE EUGÊNIO DA COSTA E SILVA:
Sinceramente, penso e penso muito, no mundo, nas pessoas, e o que vai em suas cabeças, digo, em seus pensamentos, e no que eles traduzem e refletem  em seus comportamentos. Não me importo, com o que cada um pense, especificamente, ao que escrevo, porque, minha escrita pode não ser do agrado dessa individualidade ou da coletividade, pois, jamais tive a intenção de ser unânime, ou de buscar a solidariedade de alguém, partindo do principio de que não sou igual a ninguém, e conceituo, de que ninguém pensará igual a mim. Tive um amigo em épocas passadas, que me dizia, que o pior do que pensar dos outros era pensar o que a gente pensava de de nós mesmos. Não sei se voce alcançou a minha interpretação, e, até acho, as vezes, que falo demais sobre coisas que realmente incomodam o espirito das pessoas, e eu falo, sobre aquilo que vem lá de dentro, de nosso íntimo. Não gostei e pronto. Não quero saber, e daí, o que há de errado nisso? Respostas positivas e negativas, e as vezes raivosas e reacionárias. Algumas dessas divagações sombreiam o entendimento, mancham a lucidez, não claro, daquilo que fomenta nosso espirito, e nossa formação de raciocinio, reação, que chamo de devaneio da nossa própria ilusão, quer quanto a matéria ou o quanto ao que se debate. Eu, não me recuso em apontar o Mestre que me fez caminhar nesse modo de raciocinar, de sentir o comportamento alheio, e, por isso, me veio a mente, homenagear, o "meu velho" Zé Eugênio = irmão de imensurável conhecimento = de inigualável capacidade, mal compreendido e inapreciado pelas elites, e, perseguido por muitos, porque, amava o simples, o médico psiquiatra que amava suas almas - doentes humanos-  mas, pequenos anjos, que devotava a sua própria vida nas suas curas. e recuperação. Seu maior objetivos era doar sua vida, àqueles que se desviavam de um comportamento tradicional, por influência de alguma doença, ou vicio, que lhes mudava a ação e a reação, tudo, tão bem compreendido e apercebido, por esse valoroso epiteto da psiquiatria fluminense. Digo assim, embora, ele em vida recusasse, um minimo elogio, tal simplicidade, que beirava sem exageros, "um anjo na terra",  "a gente" pasmava, ante seu comportamento educacional e recuperativo dos doentes, que a bem da verdade, lhe amavam como se ele fosse, verdadeira colmeia recheada de mel, tal doçura com se lhe compreendiam. Era, tudo que fazia! "amava ao próximo como a si mesmo", expoente da lição maior de Cristo. Eu o conhecia, muito me apercebi da sua alma; chegava a chorar algumas vezes, silenciosamente, num ou noutro contato, quando o surpreendíamos usando a música para pacificar os turbulentos e desequilibrados doentes, ou nos encantar, particularmente, com suas novas melodias, ainda, guardadas na memória esplendorosa de seu irmão mais próximo o amado amigo Geraldo Jorge, de quem, posso reverenciar como esplendor da intelectualidade jurídica do País. As vezes, cheguei a me servir de sua sabedoria, para entender por quais razões cometemos alguns desatinos na vida, ainda que, sejam menores e não contraditórios à legalidade, mas, indicativos na direção da raiz do vício. Seja em que caminho fosse, qual origem viesse, "sua gente, como ele dizia", merecia ao menos, mínimanente, ser aconchegado com o calor da alma, da admiração, e, do respeito, porque, simplesmente eram pessoas, e muitos que o ouviam não entendiam, porque um homem tão avançado e tão profundamente intelectual, repisava manter sua vida atrelada a uma centenas de pequenas e miseráveis almas, destruídas em sua maioria, por vícios nas drogas, e no alcoolismo, que Ele teimava em salvá=las, ainda que, fosse por algum modo, se lhe exigisse o sacrifício pessoal. Contudo, não era seu desafio principal salvar essas vidas. Seu objetivo ia mais além, Salvar suas almas para DEUS, recuperando-as quando vivas, para que cada um, se apresentasse à celestialidade, em condições de entender o que lhes reservava o ideal do "AMOR AO PRÓXIMO". Devolver a razão, ao espirito, para comunicar-se com DEUS e reclamar sua própria salvação.  Nosso Velho Mestre, amigo de todos, que me permitia sempre aprouver de suas canções, lindas e significativas, "com sentidos de sentimentos", à mostra de todos, que quisessem embebedar-se com tanta sabedoria. Não fazia convites abertos, mas, silenciosamente, mostrava suas riquezas espirituais e intelectivas, de tal sorte, que nunca compreendi, porque, no mundo da psicanálise nacional, fosse esquecido e posto no ostracismo, apesar de sua histórica caminhada em nossa sociedade. Nunca vi, além de nós próprios, parentes, amigos e clientes, alguma autoridade reverenciá-lo, e nunca quis, diga-se a verdade. No entanto eu, apesar de pequeno e humilde jornalista/escritor, livre e independente,  "gentes que ele gostava", na postura de " um irmão emprestado", auscultante desse aprendizado me vejo, obrigado a divulgar, ainda que com poucos dados, história, posso ainda, prestar-lhe esta modesta homenagem, menorizadamente de alguns episódios desse convívio, que descrevo com chorosa saudade, mas que, "peço perdão, por tê-lo escutado tão pouco"; Quantas lições deixadas em suas musicas, e nos diálogos. Idéias e Ideais, projetos, saídas do nada, no meu imaginário, projetadas em favor de um só, mas, abrangente de um universo de ajuda aos desfavorecidos, onde Ele falava de DEUS, com tamanha propriedade, em sua santa sabedoria. Era um predestinado, com projetos vivamente sociais. Seu ideal era fazer o bem. Sei querido JOSE EUGÊNIO, que nunca foras simpático às homenagens, pois, sua grandeza espiritual era e sempre fora advindas do alto, onde o menor é o maior. Humano em Ti, apenas o médico de aspecto carnal.Anjo Protetor dos enfermos, mentais. Espero sinceramente, amigo José Eugênio um dia, nos encontrarmos na unidade celestial, onde certamente estarás rodeado daqueles humildes e pobres repudiados pela sociedade que voce os abrigava com o calor de seu grandioso e amoroso coração. Um beijo desse seu sempre admirador e fiel aprendiz. Obrigado por tudo. Raimundo Januário.-

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