sábado, 30 de maio de 2015

educar para não punir

"quem é rico mora na praia!
quem trabalha não tem onde morar"
Diz a letra da música, cujo texto, mais me incomoda nesse País, pois desde que foi criada já dava mostras da desigualdade social existente. Ouço, as bem colocadas crônicas e criticas do Jabour (o Arnaldo); Do Alexandre (o Garcia), como ouvi o saudoso Darcy Ribeiro (o Professor); Os primeiros os admiro como expoentes da cronica e crítica jornalistica brasileira, e o terceiro, um Grande Mestre, cheio de idéias e ideais, me perdoem outros, não menos importantes, mas, esses que cito, são de linha  crítica mas orientadores, que mais gosto, apenas, isso. Mas, o que quero realmente dar minha opinião, embora, ninguém tenha pedido, é sobre os últimos acontecimentos que nos remetem a MAIORIDADE PENAL. Alguns intimos, me pedem opinião, outros me cobram uma idéia/estudo sobre o assunto. Bom, pelo que tenho percebido dos milhares de caso, e sobre isso, já me manifestei em outras críticas, o cerne da questão social relativo aos menores infratores, que estão infernizando e arrazando a sociedade, nada mais é do que o resultado, na EDUCAÇÃO. Enquanto o País e seus Governantes não se aperceberem, ou melhor sabem muito bem, de que a base da sociedade é a educação, nós teremos que cair nesse seguimento de ressocializar, discutir menoridade penal para os infratores etc.. A questão em discussão deveria ser, como dizia o Grande Mestre Darcy Ribeiro, A EDUCAÇÃO é a base sólida e estrutural de uma sociedade. Observem que a maioria dos internos em qualquer casa de Custódia, 97% dos menores infratores não concluiram o fundamental. São esses dados estatisticos que envergonham nossa Nação. Os centros e periferia das Metrópoles são os alvos preferidos para os infratores menores, porque, há mais mobilidade de pessoas, agrupamentos, facilitação para fugas, lépidos como eles só, não havendo necessidade de estudos e projetos, leis educadoras e restritivas, penas, encarceramentos, se os tivessemos educados. Nas Escolas, a educação compreende também, disciplina, alimentação, ora de leitura, brincadeiras etc. Ora, então a sociedade que nega cultura e educação, terá que buscar a alternativa que está na moda, A Maioridade Penal! Pois, os "criminosos" infratores, precisam ser alcançados pela Lei, embora saibamos que as casas de internação, também, não têm estrutura educacional para recuperá-los, ressocializá-los, e acresça-se, que Eles de um modo bem geral, não têm mais o espirito e vontade de voltar aos bancos escolares. Então, numa dessas conversas com os intimos, alguém (um colega advogado) me perguntou? Então não tem mais jeito! Tem sim, lhe respondi. É mudar a estrutura escolar - EDUCAÇÃO DE BASE-. Os pontos basicos e simples, e economicamente viável, há muito salta aos olhos, e chego a dizer, muitos desses projetos se encontram engavetados, por conta das vaidades de Governantes, que se acovardam após eleitos em enveredarem para realmente resolver o problema do jovem infrator. Parem de fabricar Colégios Particulares, Faculdades Particulares, que são provas da ineficiência dos Governos, desinteressados na educação das crianças e adolescentes, e deixarem de investir na educação, o que chamo de delegações e transferência de obrigação, pois, agindo nesse sentido contrário, dão motivos para negociações espúrias, apesar de sabermos todos, que a obrigação de educar é do Estado/Nação. Bom, pelo menos é o que diz a Nossa Constituição Federal. Criação de Escolas públicas com estrutura e infraestrutura até a Universidade, como acontece em outros países. Professores com salários dignos.(beiro ao exagero de apontar como salário do professor equiparado ao salário dos Deputados, Juizes, por exemplo, e porque não?). Sabemos que este é o investimento que vale a pena, e ao menos compensaria a sofrida Classe de Mestre, extorquidos durante centenas de anos, nesse nosso pobre universo escolar. Atendidos esse dois pontos, que considero basilares na Educação, veremos em quanto tempo a purificação de nossos jovens, mostrariam resultados positivos. A nação que negou anos a fio destinar investimentos à Educação, é a responsavel particularmente na criação dessa industria de infratores, e não me venham dizer que isso é fruto de minha imaginação, porque, todos sabemos e constatamos, que desvio de verbas, estão tão presentes em nosso dia a dia, que não há como negar. A propósito podemos citar recente episódio de litigios nas Universidades que sem verbas, estão com salários atrasados, faltam professores, funcionários para manutenção (terceirizados); carência de Escolas Públicas, sem professores (estes pessimamente remunerados) e muitas vezes usam de seu próprio salário para entretenimento das crianças etc., mas, o Governo concedeu, recentemente, um aumento brutal de dinheiro destinado aos Partidos Politicos, para fins de receber recompensas em aprovação de planos e projetos, nenhum deles, destina um centavos  à Educação. Uma forma deseducada e alimentadora do Dragão da CORRUPÇÃO E SUBORNO, e, como Eles acham que o jovens pensam disso? Péssimos exemplos estão ai, as escâncaras e aos borbotões, dados pelos Governantes. Entre os mais miseráveis e pobres( de cultura) fica fácil ser alvo desses esquemas, e dos poderes paralelos, onde o roubo e a corrupção, deixou de ser crime (só para os pobres), e nessa linha, não pode ser atribuida culpa objetiva e direta aos Julgadores. Impotentes, de certa forma, não os isento de culpa de forma alguma, porque, lhes cabe também, fiscalizar e eliminar os maus politicos, fincando quase sempre, numa estranha linha de interesses subocultos, quer pessoais, quer por imposição do "sistema" que lhe obriga a caminhar nela; Ora, como colocar em pauta um assunto desse tipo, como prioridade na vida social da Nação? Maioridade Penal, não resolve, baseado no principio que já ouvi e acato como primordial: EDUCAR PARA NÃO PUNIR. eis a questão! A resposta para brecar esse cancro social, está dada há muitos anos. Não me lembro bem, mas, acho que há um projeto enterrado nos arquivos públicos ou foram destruidos por interesses mesquinhos e politiqueiros, da lavra dos saudoso Professor Darcy Ribeiro, e da Eminentíssima  Antropóloga e Professora Ruth Cardoso, em que a Educação do povo era prioridade e, sonhavam com uma grande e real Pátria Educadora, que esse atual governo propala aos quatro cantos da nação, mas que, não passa de manobra politiqueira e vil para continuar a enganar a nação no que chamo de continuidade delitiva. Mentir nunca será uma boa lição para os jovens infratores. Cuidar deles agora, será atestar a propria incompetência no exercicio da educação, os descuidos e relaxamentos dos Governos;  ou, rebaixar suas idades para puni-los, é atestar a propria ignorância e reconhecimento de seus erros do passado, e ainda, por não ouvir os mestres do passado, que impunham o espirito educacional como a forma de se ter e ser um País realmente livre e democrata, onde se dá oportunidade a todos. A solução amigo consultor, está ai. EDUCAÇÃO. Pare-se o País. Remodelem as Escolas, Universidades, revisem-se e reestruturem os salários dos professores e educadores, equiparando-os aos padrões dos politicos, e não me venham com a balela de emperrar a maquina financeira do País, porque, há dinheiro sobrando, tanto que os processos de desvio público, estão ai a cada dia nos mostrar que nossa nação é "podre de rica", o que falta é GOVERNO/administração séria com o dinheiro publico. Lembro aqui, anos passados, num interior do Estado do Paraná, em que fui nomeado Procurador Municipal, o Prefeito (um cerealista) à época, meu amigo pessoal, me perguntou qual deveria ser sua prioridade, já que a estrada de acesso àquela pequena cidade, ainda eram sem asfalto, eu lhe disse, faça escolas e ele fez, e ao inves de comprar tratores(comprou duas maquinas que chamavamos de Patrol) para arruar e ajeitar ruas, criou quatro escolas em menos de um ano, pois, a maior renda da cidade vinha dos criadores de gado, produtores e plantadores de grãos, sem industria, e as crianças eram assim, por educação, trazidas às escolas, mais próximas possiveis de suas casas. Como era sacrificante, andarem kilometros de distância para estudarem. Ah! esqueci de dizer, algo importante: CRIMINALIDADE ZERO. Essa situação ainda persiste, pois, recentemente estive nessa cidade, a busca da prova de que fui Procurador de lá, há mais de 30 anos passados, e, apesar de pistas asfaltadas, bem iluminada, novas escolas, cursos tecnicos, hoteis enfim, bastante desenvolvida, A CRIMINALIDADE é baixíssima, quase ZERO! Para corroborar essa situação, esta inclusa a EDUCAÇÃO RELIGIOSA, que age em paralelo para a boa formação dos jovens. Ir pelos cantos do Brasil, nas cidades mais interioranas, onde vemos jovens caminhar pelas estradas e caminhos, até mesmo, sem asfaltos, a busca pela EDUCAÇÃO QUE É PRIORIDADE, caminhando de braços dados com a Religião, resultando, como prova disso, os índices de CRIMINALIDADE bastante baixo. Então, os que os Governantes/Administradores estão esperando? EDUCAR É NÃO PRECISAR PUNIR.

JUIZADOS ESPECIAIS

Todos sabemos que as Leis vêm sendo criadas com a evolução dos tempos e forjadas pela mudança de hábitos e condutas da sociedade em si. Por isso, é e será preciso que ao longo da existência das leis e seus processamentos no Judiciário, a aplicação de mudanças, algumas vertiginosas, de tal sorte que contrariem até mesmo o espirito do legislador  por força da razão de sua atualização. Pois bem, vimos isso na prática forense, com destaque, para a formação dos julgadores, que por óbvio obedecem o critério prático para as demandas, por orientação dos Tribunais. Mas, as modificações sofridas pelas legislações, e adequações ao tempo, devem ser acompanhadas pelos julgadores, nesta seara jurídica, que mais se movimenta evolutivamente. Assim, hoje temos enfrentado politicas julgadoras retrogradas, arcaicas, apesar de jovens os magistrados que aplicam decisões fincadas nos ensinamentos que recebem no estágio pré-ingresso aos Juizados. Digo nesses termos, porque, enfrento ainda, alguns dissabores dessa retroação comportamental, destacando alguns sinais visíveis e autênticos na aplicação da Lei extravagante procedimental dos Juizados. Os princípios procedimentais que se fincam na celeridade, milhares de vezes ocorrentes, postergam a Lei Magna, dando acesso deliberado a pugnações ostensivamente contraditórias e ofensivas a Lei Maior, com resultados em que os julgadores dão procedência a esses requerimentos, com cunho reflexivo patrimonial. As grandes empresas, mormente as que dominam o mercado de telefonia, são as maiores responsáveis por esse "negócio" lucrativo de ofensas à Constituição Federal, pois, apesar dos direitos dos cidadãos serem violados, o reflexo patrimonial a que tinham direito, são reduzidos na atualidade a um mísero reparatório, valor de  tão insignificativo que, escancaradamente, vêm ao Juizado com "propostas prontas de acordo", acostumados com a técnica de que o julgador "não dará mais que isso"! Os Tribunais Recursais, enfrentam o problema, trazendo como solução a redução da verba indenizatória, e em algumas poucas alterações nesses valores, sob a pecha de que, "não se deve, alimentar o dragão da industria do dano moral". Essa tolerância do Julgador, em parte vem de orientação do próprio Tribunal Especial. Há evidente contrariedade ao principio da igualdade de direitos das partes, segundo regra procedimental estampada no Código de Processo Civil e da Carta Constitucional. Noutro segmento observa-se na prática judiciária, que a aplicação de multa, por descumprimento da ordem judicial transitada em julgado, também, não pode atingir patamares elevados, porque, o que importa ao julgador é que, apesar do credor fazer jús ao reparatório, a parte que descumpriu a obrigação de cumprir a decisão proferida por ele, e, que transitou em julgado, fica obstacularizada pelo pífio argumento/titulo de "enriquecimento sem causa", tornando, sem dúvida alguma, a completa "desmoralização da decisão" e do Poder Judiciário. Não resta na lógica da celeridade, o interminável curso desse cumprimento, e, termina o exigível direito do cidadão, por conveniência do forte argumento do incumprimento da decisão. Os costumes vão mudando, as leis sendo criadas e adaptadas a esses noveis comportamentos sociais, mas, a conduta do julgador, segue na conveniência ditada pelas Cortes, parecendo que, há um "acordo de cavaleiros", que nada pode ser "aplicado fora dos limites da convenção"! São situações abstratas "manipuladas" ao silêncio, sob sigilo absoluto, porque, o moral do cidadão, sua honra e dignidade, tem preço limitado, e, "tabela" aplicável a cada caso. O Julgador dará sua palavra, tão somente após a infrutífera tentativa de acordo, revelando claramente que a Justiça, tornou-se um balcão de negócios, e a honra do cidadão sujeita a uma tabela de preços, tal qual os oferecidos nas mercadorias. As empresas de grande porte, na verdade manipulam o judiciário, ao que se vê no dia a dia. Impõem condições, regras e limites, mesmo sendo "um fora da lei", e constantemente beneficiadas, em todos os sentidos, a ponto de nas audiências dos Juizados(só sobre "ele" que escrevo neste momento) os prepostos das mesmas escarnecessem do direito dos credores, fazendo propostas reparatórias ínfimas, vergonhosas até, sob a proteção da Lei e do Julgador, ali presente e "impotente", por força da orientação dos Tribunais. Não são casos isolados, mas, diários, múltiplos, e intermináveis. O Povo, diria eu, já tomou conhecimento "desse comportamento", e já ingressa no Juizado, com o propósito de ver sua dignidade e moral, sofrer reparação justa, conveniente e adequada a seu sofrimento, e, constata a banalidade com que é tratada, reagindo com indignação, e torpor, não entendendo que, o Juiz é mero representante do Tribunal e não pode exceder os limites que lhe dão como teto. Se extrapola, as Empresas, usam a sua desproporcionalidade de poder financeiro, que passa a imperar para o grau recursal, e lá obtém o que deseja, as vezes até mesmo, a reforma total da sentença, anulando-a, ou quem sabe, eliminando de vez a pretensão do recorrido, sob a condição de que de fato, seu objetivo era, "locupletar-se ilicitamente em face dos equívocos praticados contra si, pelas recorrentes, ou, enriquecer-se sem justa causa"! Essas verdades, estão por ai, em todos os Juizados Cíveis, infelizmente, em nosso Estado, desnacionalizado pelo descumprimento cotidiano das normas constitucionais. Não entro no mérito do povo-cidadão ser culpado, por conta de seu voto. Eleição de políticos, que editam leis de qualquer modo, maus administradores, consequentemente, maus juízes, retrógados, e negociadores. Estamos vivendo uma situação desesperadora que deve mudar imediatamente. Acredito que, se deva corrigir esses comportamentos, através de uma reação coletiva, de colegiado, pois, a meu ver, a solução é "caseira", o Tribunal impor mais respeito, ditar até mesmo um padrão indenizatório e aplicável imediatamente, com mínimo e máximo, e com incontinenti resposta, por penhora ou outro gravame, que assegure uma reparação justa e célere, de forma a trazer de novo, o respeito de todos para com a Justiça. Preciso preservar a dignidade da Justiça, única esperança desse povo sofrido, com as calamidades públicas ocorrentes, através da banalização da honra, da moral e da dignidade do povo, provocadas pelos Maus Políticos e Administradores que exercem em nome do povo, atividades que nos envergonham a todo instante, traindo a Nação. Num momento passado, em que fui interpelado na porta do Tribunal do Rio de Janeiro, por uma repórter, já nem me lembro de que empresa jornalistica, sobre o que achava da Lei do Juizado, tendo eu oferecido a seguinte resposta: Todas leis, todas, são portadoras de boas normas de conduta e procedimento, o que vai valer mesmo para sua boa execução, serão os julgadores que vão aplicá-las de forma correta ou incorreta. Passados mais algum tempo, fui novamente questionado sobre o mesmo assunto, quando me encontrava no átrio do Supremo Tribunal Federal, por uma emissora local de TV, tendo respondido, estou aqui, porque desejo interpor um Recurso Extraordinário visando corrigir, grave ofensa à norma constitucional, praticada pelo Juizado Especial e ratificada pela Turma Recursal, que consolidou o erro, em verdadeiro patrocínio à uma grande empresa. Não haverá limites, nas decisões equivocadas nos juizados, porque, ao tempo em que na decisão primária, e, confirmada na Turma Recursal, quando condenada a grande empresa ao pagamento de multa por descumprimento de sentença, mesmo com trânsito em julgado, e permanecendo a empresa sem dar importância a tal cumprimento, ainda assim, poderá o juiz monocrático reduzir a verba indenizatória, por assim usar a interpretação descrita na lei. Significa dizer, que a Justiça não tem como preservar sua própria decisão, porque, a lei favorece o infrator em sinal de respeito ao seu poderio financeiro em detrimento de seu julgado. Os benefícios e contra sensos da Lei procedimental dos Juizados, se constata na oportunidade da contestação, se estendem a outras particularidades, como por exemplo:Numa audiência, onde  as "poderosas" ofertam suas defesas, com mais de 40/50 fls, de contestação, além de documentos, compondo um volume de quase 100 fls., fica obrigado ao Autor  da ação a oferecer sua impugnação em poucos minutos, porque, a Lei dos Juizados (celeridade)não permite prazo para manifestação. Entendo que nesse episódio, poderíamos adotar um prazo de vistas por 48 hs., para oferta ou não de impugnação e resposta, sem ferir a celeridade do processo no Juizado, por questão de obediência, a um mesmo principio que o rege "razoabilidade". Não é racional, lógico, muito menos razoável, discutir em audiência as razões e a própria leitura da farta documentação acostada pela empresa Ré, "o que virou uma contumácia no uso dessa arma" em significativas atuações, deixando assim, a parte autora em flagrante desequilíbrio e totalmente desprotegida,  imposto pela regra procedimental. A desigualdade de condições marca profundamente a parte autoral, e o Juiz se torna indefeso e a mercê da singular criação defensiva da parte Ré, com tal artificio, pois, fragilizado, máxime poderá "inverter a pauta" para que a parte autora, possa ler e impugnar se for o caso a matéria sustentada, ou mesmo, se são legais ou não os documentos em fartura apresentados, o que quase sempre se torna um grande empecilho, para todas as partes, principalmente para os advogados que têm, normalmente, outros compromissos além daquela audiência. Essa desigualdade da Lei, é um contra senso, ao proclamado pela Constituição e Código de Processo Civil, em que todos são iguais em direitos e obrigações perante a lei. Não me distancio do fato da existência de um Enunciado do Tribunal sobre o assunto, que não obriga a parte autora o oferecimento de impugnação ou replica. Espero que, este meu texto sirva ao menos, um alerta aos mais estudiosos, aos legisladores, e aos Administradores dos Tribunais, para reverem e constatarem essas práticas exercitadas nos Juizados, e acolherem se assim entenderem, as soluções que aqui apresento, sem que vejam como crítica, apenas, como uma colaboração de interesse na melhoria do serviço judicial, relevante, para beneficio desse povo tão sofrido, mas, que tem direito de ver reconhecida sua honra e dignidade pela Justiça, sem ser aviltado com os míseros reparos financeiros a que se está acostumando conceber. 

segunda-feira, 18 de maio de 2015

MEUS TIOS, HOJE E SEMPRE!

MEUS TIOS, HOJE E SEMPRE!
MINHA FAMÍLIA, QUEM SOIS!
Nasci em berço de ouro. Moral e Culturalmente. Meus avós, em ambas correntes, eram com suas diferenças, pessoas humildes, mas, dignas e transmitiam seus ensinamentos de como nós, seus netos, deveríamos nos comportar, significando dizer, respeito e educação, como principio basilar de nossa relação futura. Mudamos em muitas coisas, acompanhando a virada do século, com suas evoluções, mas, nunca deixávamos de ter conselhos, orientações e cuidados, sempre ditos na forma mais amena e carinhosa possível. Assim, os sucessores, os filhos diretos das uniões paternas e maternas, crescíamos cercados de carinho, atenções e, satisfação de gostos e vontades, sem que isso, nos causasse algum mal, ou má-formação moral e espiritual.  Os filhos desses avós, em algum momento vivemos pouco, e em outros vivemos intensamente. Do meu lado paterno, tivemos alguma relação maior com os tios, enquanto vivos eram meus avós Sant'Ana e Haydée, com destaque especial para meu avô, que me prestigiou sempre no inicio da carreira de advogado, me responsabilizando por resolver algumas questões de família, e a divisão de seus bens, de forma igualitária de modo a dar a todos, uma proporcionalidade absolutamente idêntica. Com sua morte, e por ter dado a todos a igualdade de direitos, encerrei todo o compromisso que tinha assumido com ele em vida. Do meu lado materno, convivi muito perto de todos os tios, mas, ressalto que antes, vivi grandes  momentos de convívio com minha avó e madrinha Quitéria, que nessa época morava conosco no Barreto - Niterói. Ai, como me lembro dela, rezando a Ave Maria às 18hs, com um radinho de cabeceira, ouvindo Julio Lousada, a voz de ouro do rádio brasileiro.Eu tinha apenas 13 ou 14 anos, e Ela me chamava, e eu sentado no chão ao lado da cama dela, via aquela velhinha linda e maravilhosa, transformar-se num anjo de DEUS. Hora do ANGELUS, dizia! Reze comigo. Algumas histórias ela me contava, sobre si e seu passado, e se me lembro bem, me dizia que seu marido JANUÁRIO JOÃO RAMOS lhe deixara por morte sofrida, quando a minha mãe Helena a mais velha dos filhos, ainda tinha 14 anos; Muitas outras lembranças carrego comigo, mas, queria falar dos filhos dela, dessa guerreira, corajosa, e incansável mãe, e, queria tanto, que  idealizou o agrupamento de todos num so lugar, deixando de legado, e eu pude realizar a partilha e divisão da propriedade, acorda de entre todos. Os seus filhos seguiam na seguinte ordem: Helena - minha mãe. A pouco tempo, fiz em meu blog uma declaração de amor à Ela em forma de poesia, por ocasião do recente dia das mães. E, para falar dela, apenas faço uma referência. Todos os seus irmãos a amavam tão intensamente, que até a sua morte, jamais a deixavam de visitar-lhe, e, quase sempre a todos os domingos. A vontade de minha avó era manter todos os seus filhos sempre juntos e, eles honraram esse compromisso, e, por muitos anos viveram desta forma, unidos e se cuidando, uns dos outros. Depois dela, veio Mathilde - a TIDE. Simples e carinhosa sempre com todos os seus sobrinhos e  filhos, por isso, muito amada por todos nós. Única irmã, e que tinha a posição de intermediadora em tudo que se relacionava a familia e familiares. Em seguida, ANTONIO DE PÁDUA - àquele a quem fiz, também, uma homenagem especial - TRIBUTO A ANTONIO DE PÁDUA - a quem me espelhei como modelo de advogado, e professor. Participava de minha vida, tanto no trabalho, na advocacia desde cedo como Solicitador Acadêmico, assinando comigo as petições iniciais, sem nunca me ter pedido nada mais, que "me ajudar a crescer e me tornar um advogado de verdade", primando pela minha evolução cultural e dignidade profissional. Tornara-se, meu ideário de vida. Deixou-nos com sua maravilhosa esposa, A TIA CIRINHA, a única que ainda, vive, Graças a Deus! Mas, Ele relaxava conosco, indo a casa de minha mãe, para jogarmos horas a fio um apaixonante jogo de buraco. Em seguida SILVIO JANUÁRIO, o campeão de apoio a todos. Incansável, absoluto. Não havia quem lhe pedisse algo, dentro de sua especialidade, que houvesse um minimo titubeio. O FAZ TUDO, como era conhecido entre nós. Como podia uma pessoa ser assim, tão completa, e tão eficiente em tudo que fazia. Construiu nosso prédio, apenas, apoiado por um engenheiro que lhe supervisionava, mas, tudo, tudo, ele comandou. Cito apenas, esse episódio porque outros eles fez e aconteceu. Particularmente, pude participar de outros fatos, como seu advogado, no ramo do direito do trabalho, aliás, ele me pagou um dos meus primeiros honorários, se lembro, foi no tempo em que morei no Centro de Niterói; Era outro craque no jogo de buraco. Por derradeiro, o último filho de Quitéria: JOÃO BATISTA, que nos deixou no dia de ontem, a quem me referi, particularmente no Facebook, como meu amigo e companheiro de muitas viagens que fizemos em cobranças referentes às suas vendas, e processos judiciais, que me confiava como seu patrono. Esse mesmo JOÃO, que me levou a primeira vez ao Maracanã, para ver o seu FLA contra meu FLU. Era a nossa empatia. Jamais me deixara de visitar, quando já morava em Niterói e la tinha meu escritório. Nos seus últimos anos de vida, antes de adoecer, vinha com frequência a meu escritório, e, muitas vezes almoçamos juntos, conversávamos sobre tudo, e, as suas histórias as ouvia com verdadeiro encanto. Lembro de suas palavras: "Estou aposentado; Dircea me deixou; estou a toa, então vim te ver, e ria;" Depois de dar aquela gargalhada me fazia sentir importante pra ele. Nossas conversas variavam tanto, e tantos assuntos eram, que a gente nem se importava com o tempo. Me revelava em nossos últimos encontros, o quanto estava decepcionado com a sua loja maçônica, Grande Oriente, no Paraíso em São Gonçalo, onde já tinha atingido o Grau 33, máximo da Maçonaria. Aprendi como disse antes, muito com ele. Então, aqui encerro minha memória saudosa de meus entes queridos, em que encerram a escalada de ascendentes, nos restando tão somente  Maria Gelsera - a Tia Cirinha, esposa de Antonio de Pádua. Daí em diante, encabeça a fila dos sobrinhos e filhos, a começar de Luiz Gonçalo - o mais velho da Turma, que já é bisavô. Imaginem como ramificamos. Agora sem ascendência absoluta, temos a lembrança, de como era bom vê-los juntos e nos tratando a todos, com carinho e cortesia sempre. Obrigado meus TIOS, MATHILDE, ANTONIO, SILVIO E JOÃO. DEUS OS ACOLHA E OS ABRACE por nós todos, filhos, sobrinhos, netos e bisnetos. bjs do meu coração!

quarta-feira, 13 de maio de 2015

LIBERDADE DE IMPRENSA

A Liberdade de Imprensa no Brasil, sofre profundas restrições, e quando, não é alvo até mesmo de processo judicial, mobilizando desde o início a Policia Judiciária, a quem chamamos de Policia Civil, para instauração do "competente" Inquérito Policial. É nesse ponto que ouso analisar este "ardido caminho", para trazer e levar as notícias, todo editor sofre desde ameaças até atentado contra sua vida, e às vezes com morte. Mas, quem se incomoda com isto? Ledo engano que isso ocorra só no Brasil, pois, esses episódios trágicos têm ocorrido no mundo inteiro, tal o sentimento de ódio que se implanta contra o jornalismo, e a imprensa em geral. Começo a particularizar alguns editores, que se enveredam à prática de descrever situações "anormais" e "amorais" cometidas por algum incauto cidadão, quase sempre ansioso em lucrar de algum modo, eis que, em sendo descoberto, apela para a proteção policial, que não resiste ante ao reclamo e, caminha na direção de instauração de procedimento criminal. O Aparelho policial, não tem como negar a prestação de serviço, ainda que tenha de abandonar outros procedimentos investigatórios que se multiplicam em segundos e, de maior importância pela reserva da vida. Tais episódios, por sua natureza, teriam que ser resolvidos pela Lei de Imprensa, e, inadmitidos na esfera criminal, porque, estes procedimentos trazem subocultamente, o objetivo de locupletar-se de alguma forma, propiciando até mesmo o enriquecimento sem causa, proporcionado pela industria indenizatória do dano moral. Em muitos casos, a liberdade de imprensa enreda em seu histórico de comunicação alguma brecha, que o próprio suposto ofendido, se declara assim, como um perseguido, usando até mesmo, como subterfúgio de sua satisfação sádica, revelando interesses vadios e espúrios, para se sentir injuriado, quanto à sua raça, cor, e honra. Isso, na verdade ocorria há alguns anos atrás, bandeado tão somente por políticos, e assim feridos, clamavam num outro mensário ou semanário, por  respostas ofensivas no mesmo tom, acirrando uma disputa interminável, salvados pelas ocasiões eleitorais. Que os abusos sejam, como sempre foram, punidos ou reprimidos, mas, nunca generalizados a ponto de se criar leis, em ofensa à casta moral. Mas, não fugindo do tema, observa-se que ainda, hoje sofremos (jornalistas, editores, cronistas) grandes ameaças, simples - por processo, ou, complexas - por atentados contra vida. Vimos recente episódio grotesco em Paris. A meu sentir esses ferimentos de suscetibilidades, de cunho religioso ou não, que beiram à extravagância da interposição de processos, com objetivos asquerosos, são pré-provocados ou engendrados a partir que a liberdade de reação se confunde com a liberdade de imprensa, o que na verdade é puro reflexo de vingança. Então, a imprensa jornalistica deixou de ser a noticiadora de situações e eventos, ocorrências, escandalosas ou não, tudo dentro de seu universo noticial, para passar a ser reprimida e manipulada pelos sistema da repressão judicial, bastando que, alguém entenda que foi discriminada ou injuriada, para que todo processo repressivo se ponha em ação. Atribuo essa versatilização usual, aqui no Brasil, pela espúria educação que temos imposto às nossas crianças e juventude, sem os alicerces de antiga formação cultural. Lembro neste instante, que outrora em fase colegial, nossos coleguinhas de classe, menino ou menina diziam que a gente era feio, ou bobo, e, nossos pais, ou professores, após ouvirem atentamente nossas queixas, diziam perguntando: "voce é feio ou bobo?" E, nossa resposta imediata era: "Não, claro que não!" Pois, essa pequena lembrança, hoje já não se aplica mais, por conta da legislação esdrúxula e descomedida à realidade, aplicável a qualquer um cidadão. Cito por exemplo: que se chame o outro de NEGÃO - comete crime de injuria racial; se se fala que o casal de machos e fêmeas, viraram pares homossexuais: comete-se crime de homofobia. A imprensa tem que silenciar, nunca podendo se manifestar, senão, lá vem processo em cima, e, pobre do editor, que tem de assumir as responsabilidades direta, e indiretamente, pelo que noticia seu jornal. Nesses episódios, particularmente citados, vejo sob a minha ótica, focada na estrutura moral e religiosa em que fui educado, que são eles que me ofendem, mas, não posso exercer contra eles, e seus comportamentos, os mesmos direitos constitucionais e legais que agem contra mim, se os critico. Eu, como cidadão comum, tenho que respeitar as leis que me imponham as diferenças, embora, não as aceite, ma, sou obrigado a acatar. Sobre este assunto, torna difícil o exercício do direito de liberdade da impressa E, coitado dele Editor-jornalista- se for enveredar pelos leitos políticos,candidatar-se, pois, será sempre um ficha suja, pois, assim dirá o Ministério Público em sua atuação no Tribunal Eleitoral. Ninguém  perdoa ser descoberto em ação de duvidosa ou suspeita conduta. Banir o repórter fotográfico do mundo, era no momento a vontade do flagrado, e eliminar o editor, completava-se o ato. Mas, se considerarmos que que a imprensa não tem direito de invadir a privacidade de ninguém, como diz nossa lei maior, mas, em contra senso, a lei de imprensa não fixa limite á essa pseudo invasão. O que ocorre é que dependem, uma e outra legislação da interpretação do julgador, sem qualquer obediência ao espirito do legislador, aquele, que deu sentido e sentimento à infração posta na norma legal. Onde vejo, a contrario sensu de uma maioria, o uso dessas legislações com o propósito de até se invadir o "pensamento de alguém", para adivinhar por qual modo e maneira se produziu a expressão ofensiva, repito, nessa essa ótica. A presunção de inocência jamais será companheira do editor ou de algum jornalista. Volvo minha lembrança ao velho jornalista e cronista Ibrahim Sued, criador de uma linguagem pobre em ortografia e linguística, contudo, tornado mundialmente famoso, por seus disparates, e quando afrontava a casta nobre ou nata social do Rio de Janeiro, e de São Paulo, nem por isso, os famosos lhe ameaçavam com processos ou com riscos de morte. Lembro ainda, que o velho Sued, destemido como ele só, repisava, em tempos de revolução em que, de fato haviam muitas restrições na imprensa, que: "cavalo manco, não desce escada". Essa liberdade de expressão na imprensa, hoje alvejada e restrita, nem sonha o que seja, convertida que está á obedecer juízes menores que os titulares guardiões da Constituição, vedando aos que escrevem o direito à liberdade de por suas palavras à publico, sem que lhes submetam ao crivo da reprimenda. Acho e entendo assim, e, escrevo escudado na proteção de meu blog, onde posso, pelo direito da minha intimidade, dar a publicidade daquilo que penso, sem o dolo de ferir suscetibilidades, mas, sujeito à correções, eis que, tive pressa em dar minha opinião crítica, num assunto que era emergente.=

sábado, 9 de maio de 2015

MÃE

homenagem a Helena maria Pereira (minha mãe)

TE CONHECI, MUITO ANTES DE NASCER
VI TUAS ENTRANHAS SE MEXER, E AINDA,
ALI DENTRO DE TEU VENTRE POSSO DIZER
COMO ÉS LINDA!

TEMPOS DEPOIS, COM MUITA RAZÃO
POSSO AFIRMAR SEM ERRAR
ÉS MAIS LINDA DO QUE O AMANHECER
E AO POR SOL, ES TU A RAIAR.

ANOS A FIO ME DESTES CARINHO,
ME DÓI O CORAÇÃO SÓ DE LEMBRAR
QUE NUM DIA QUALQUER FOSTE EMBORA,
ME DEIXASTE AQUI A CHORAR;

NEM SEI SE PEÇO, QUE VOLTES
NESTE MUNDO, SÓ PRA TE VER
POIS SERIA EGOISMO RECITAR 
NECESSITO DE TI PRA VIVER.

MAS, AO TEMPO VOU VIVENDO
COM SUA AUSÊNCIA A CONFORMAR
MÃE ME DIZ SE UM DIA
VOLTAREI A TE ENCONTRAR.

PEÇA A DEUS POR MIM
PERMISSÃO PARA UM DIA TE ABRAÇAR
NO INFINITO PARAÍSO
ONDE POR CERTO VOU TE ACHAR.
                                                                         Ray, 05/2015.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

SINCERIDADE UM MUNDO MELHOR

Não sei mais o que pensar sobre o comportamento humano. Como varia essa ação e reação a cada ato que a si é endereçado, mas, extraio em particular, o sentido de que quase nunca envolve um gesto de sinceridade, aliás, as pessoas não sabem mais conviver com a sinceridade, ou quem sabe, nem sabem mais o que significa. Perdeu-se o sentido ou sentimento, esvaindo-se no interesse próprio ou em beneficio alheio. A franqueza tomou seu lugar de forma tão galopante, que beira muitas vezes a falta de educação. A verdade passou a ser vista, de maneira e modos da compreensão daqueles que se arvoram a entender que o certo é a postura em que foi educado unicamente, e que não pode ter modificação, ainda que tudo tenha se modificado ao seu redor. A verdade passou a ser um ato de pessoalidade, tornou-se única, cada qual seu dono. Essa mistura de modos e meios, sentimentos e sentidos, fazem da modernidade verdadeira torre de babel de comportamentos, resultando realmente como incompreensível o comportamento humano. Os gestos cada dia mais incompreensíveis, entendidos sempre de plano como maldosos, e repelidos pela mesma forma, tornando fácil o atrito e o rejeito pessoal de tal forma, que pode por certo, resultar na matança de amizades que surgiriam dali antes. Pensar, refletir pela forma mais ampla possível, talvez fosse, (não tenho essa verdade) um inicio à reconstrução desse complexo comportamento, de modo que não variasse tanto, mas, radicasse no sentido de que todos os atos humanos, tivesse o precedente da sinceridade, acredito que tudo que viesse a luz seria mais confortável nas relações do dia a dia.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

TRAIÇÃO E PAIXÃO



Num repente, tudo se vai.
Não há quem se contente
Com alguém saliente
Que a todo instante te trai.
Traição na palavra
Comportamento sofrido
Cala-se em muitas mentiras
Que deixa o coração doído.
Amor que se preza,
Não se junta a paixão
Essa loucura que acaba
Deixando o outro sem razão.
Razão de vida, dor doída
De largar a própria vida
Pra viver em solidão. 
Quem sonhar outra vez,
Vai se sentir na escuridão, 
Sem enxergar um caminho
ue saia da ilusão
Esse amor traído
Virou compaixão.