quarta-feira, 13 de maio de 2015

LIBERDADE DE IMPRENSA

A Liberdade de Imprensa no Brasil, sofre profundas restrições, e quando, não é alvo até mesmo de processo judicial, mobilizando desde o início a Policia Judiciária, a quem chamamos de Policia Civil, para instauração do "competente" Inquérito Policial. É nesse ponto que ouso analisar este "ardido caminho", para trazer e levar as notícias, todo editor sofre desde ameaças até atentado contra sua vida, e às vezes com morte. Mas, quem se incomoda com isto? Ledo engano que isso ocorra só no Brasil, pois, esses episódios trágicos têm ocorrido no mundo inteiro, tal o sentimento de ódio que se implanta contra o jornalismo, e a imprensa em geral. Começo a particularizar alguns editores, que se enveredam à prática de descrever situações "anormais" e "amorais" cometidas por algum incauto cidadão, quase sempre ansioso em lucrar de algum modo, eis que, em sendo descoberto, apela para a proteção policial, que não resiste ante ao reclamo e, caminha na direção de instauração de procedimento criminal. O Aparelho policial, não tem como negar a prestação de serviço, ainda que tenha de abandonar outros procedimentos investigatórios que se multiplicam em segundos e, de maior importância pela reserva da vida. Tais episódios, por sua natureza, teriam que ser resolvidos pela Lei de Imprensa, e, inadmitidos na esfera criminal, porque, estes procedimentos trazem subocultamente, o objetivo de locupletar-se de alguma forma, propiciando até mesmo o enriquecimento sem causa, proporcionado pela industria indenizatória do dano moral. Em muitos casos, a liberdade de imprensa enreda em seu histórico de comunicação alguma brecha, que o próprio suposto ofendido, se declara assim, como um perseguido, usando até mesmo, como subterfúgio de sua satisfação sádica, revelando interesses vadios e espúrios, para se sentir injuriado, quanto à sua raça, cor, e honra. Isso, na verdade ocorria há alguns anos atrás, bandeado tão somente por políticos, e assim feridos, clamavam num outro mensário ou semanário, por  respostas ofensivas no mesmo tom, acirrando uma disputa interminável, salvados pelas ocasiões eleitorais. Que os abusos sejam, como sempre foram, punidos ou reprimidos, mas, nunca generalizados a ponto de se criar leis, em ofensa à casta moral. Mas, não fugindo do tema, observa-se que ainda, hoje sofremos (jornalistas, editores, cronistas) grandes ameaças, simples - por processo, ou, complexas - por atentados contra vida. Vimos recente episódio grotesco em Paris. A meu sentir esses ferimentos de suscetibilidades, de cunho religioso ou não, que beiram à extravagância da interposição de processos, com objetivos asquerosos, são pré-provocados ou engendrados a partir que a liberdade de reação se confunde com a liberdade de imprensa, o que na verdade é puro reflexo de vingança. Então, a imprensa jornalistica deixou de ser a noticiadora de situações e eventos, ocorrências, escandalosas ou não, tudo dentro de seu universo noticial, para passar a ser reprimida e manipulada pelos sistema da repressão judicial, bastando que, alguém entenda que foi discriminada ou injuriada, para que todo processo repressivo se ponha em ação. Atribuo essa versatilização usual, aqui no Brasil, pela espúria educação que temos imposto às nossas crianças e juventude, sem os alicerces de antiga formação cultural. Lembro neste instante, que outrora em fase colegial, nossos coleguinhas de classe, menino ou menina diziam que a gente era feio, ou bobo, e, nossos pais, ou professores, após ouvirem atentamente nossas queixas, diziam perguntando: "voce é feio ou bobo?" E, nossa resposta imediata era: "Não, claro que não!" Pois, essa pequena lembrança, hoje já não se aplica mais, por conta da legislação esdrúxula e descomedida à realidade, aplicável a qualquer um cidadão. Cito por exemplo: que se chame o outro de NEGÃO - comete crime de injuria racial; se se fala que o casal de machos e fêmeas, viraram pares homossexuais: comete-se crime de homofobia. A imprensa tem que silenciar, nunca podendo se manifestar, senão, lá vem processo em cima, e, pobre do editor, que tem de assumir as responsabilidades direta, e indiretamente, pelo que noticia seu jornal. Nesses episódios, particularmente citados, vejo sob a minha ótica, focada na estrutura moral e religiosa em que fui educado, que são eles que me ofendem, mas, não posso exercer contra eles, e seus comportamentos, os mesmos direitos constitucionais e legais que agem contra mim, se os critico. Eu, como cidadão comum, tenho que respeitar as leis que me imponham as diferenças, embora, não as aceite, ma, sou obrigado a acatar. Sobre este assunto, torna difícil o exercício do direito de liberdade da impressa E, coitado dele Editor-jornalista- se for enveredar pelos leitos políticos,candidatar-se, pois, será sempre um ficha suja, pois, assim dirá o Ministério Público em sua atuação no Tribunal Eleitoral. Ninguém  perdoa ser descoberto em ação de duvidosa ou suspeita conduta. Banir o repórter fotográfico do mundo, era no momento a vontade do flagrado, e eliminar o editor, completava-se o ato. Mas, se considerarmos que que a imprensa não tem direito de invadir a privacidade de ninguém, como diz nossa lei maior, mas, em contra senso, a lei de imprensa não fixa limite á essa pseudo invasão. O que ocorre é que dependem, uma e outra legislação da interpretação do julgador, sem qualquer obediência ao espirito do legislador, aquele, que deu sentido e sentimento à infração posta na norma legal. Onde vejo, a contrario sensu de uma maioria, o uso dessas legislações com o propósito de até se invadir o "pensamento de alguém", para adivinhar por qual modo e maneira se produziu a expressão ofensiva, repito, nessa essa ótica. A presunção de inocência jamais será companheira do editor ou de algum jornalista. Volvo minha lembrança ao velho jornalista e cronista Ibrahim Sued, criador de uma linguagem pobre em ortografia e linguística, contudo, tornado mundialmente famoso, por seus disparates, e quando afrontava a casta nobre ou nata social do Rio de Janeiro, e de São Paulo, nem por isso, os famosos lhe ameaçavam com processos ou com riscos de morte. Lembro ainda, que o velho Sued, destemido como ele só, repisava, em tempos de revolução em que, de fato haviam muitas restrições na imprensa, que: "cavalo manco, não desce escada". Essa liberdade de expressão na imprensa, hoje alvejada e restrita, nem sonha o que seja, convertida que está á obedecer juízes menores que os titulares guardiões da Constituição, vedando aos que escrevem o direito à liberdade de por suas palavras à publico, sem que lhes submetam ao crivo da reprimenda. Acho e entendo assim, e, escrevo escudado na proteção de meu blog, onde posso, pelo direito da minha intimidade, dar a publicidade daquilo que penso, sem o dolo de ferir suscetibilidades, mas, sujeito à correções, eis que, tive pressa em dar minha opinião crítica, num assunto que era emergente.=

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