O DIA QUE FALEI PARA CINCO PESSOAS
Fui
convidado num dia do mês de maio do ano de 2004, para fazer uma palestra numa igreja de bairro de Niterói. Passei o
dia inteiro, entre o trabalho e meio perdido na redação do tema escolhido - A
VIDA DE NOSSA SENHORA – MÃE DE JESUS, com a preocupação de ser o mais precioso possível,
pois, o tema escolhido era de tamanha responsabilidade, que me deixara assim.
Por volta das 16 horas, recebi um telefonema comunicando que seria a palestra
realizada na própria Igreja, com inicio previsto para as 19:30hs. Passei
aqueles momentos de certa angústia, não só pela responsabilidade que o tema
exigia, como devia me preparar para receber e responder de pronto as perguntas
que certamente iriam me fazer. Desenvolver um tema discursando, embora, tivesse
experiência de falar em público, certamente, o local e o assunto, iriam mexer
com meus nervos e meu metabolismo traria uma distância enorme entre a calma e
serenidade, minha constante vigilância na fala e escuta e na maneira quase
técnica de me dirigir a várias pessoas ao mesmo tempo em que as observaria se
atentas ou não, ao meu falar. A lide profissional me ensinara a falar com
variações diversas, quer alto ou baixo, emocionado ou irritado, enfim,
adequando a fala ao assunto de modo a transmitir e convencer àqueles a quem
endereçaria. Mas, naquela noite a situação era diferente, a plateia seria
diferente, tanto na qualidade, como na especialidade. Tratava de público
diferenciado, pois, interessado numa histórica passagem de um ser humano
santificado por ordem direta de DEUS. O Local também merecia destaque e
preocupação, por sua natureza e respeitabilidade. Assim, dobrava a
responsabilidade e aumentava meu nervosismo, cujo desequilíbrio, me obrigava a
movimentar intensamente no sentido de achar o tempo emocional para superar o
clima tenso, somente sofrido e vivido por mim. Por várias vezes, quando me
dirigia à Igreja, conversava comigo, e até em voz alta, na tentativa de me
controlar, serenar meu ânimo, em busca do equilíbrio emocional, e assim, mais
calmo desenvolver o tema que requer, além de profundidade de conhecimento,
absoluta serenidade para receber e responder as perguntas que seriam fatalmente
formuladas. Daí, num vai e vem, milhões de pensamentos povoavam e fervilhavam
na minha cabeça, então, parti decididamente para Igreja, local da palestra, e
já na porta, resolvi que antes de tudo, apesar de preparado para falar sobre o
tema, iria entregar por oração, minha conduta dali em diante ao Divino Espírito
Santo, pois, tinha convicção de que recuperaria a paz e serenidade necessárias
ao desenvolvimento e conclusão daquela incumbência religiosa. Fui efusivamente
cumprimentado pelo casal convidante, e pelo adiantado da hora, me dirigi logo à
Capela do Santíssimo, e, naqueles instantes de profunda reflexão, pude me sentir
confortado pelo Espírito Santo de DEUS, e, sereno, fui até o púlpito e,
acomodando minhas escritas sobre Nossa Senhora, no cenário preparado para a
palestra. Assim, de microfone em punho, cumprimentei a plateia, que se resumia
a cinco pessoas, além do casal convidante. Nem liguei, fiz as citações
constantes dos Evangelhos, a história de MARIA a MÃE DE DEUS, sua predestinação
anunciada pelos Profetas, sua missão de sofrer e viver o sofrimento do filho
JESUS CRISTO, mas, também, suas alegrias no período de desenvolvimento Dele, e
o acompanhar na vida pública, com seus milagres, e vibrando com tais
realizações, vendo-o crescer em dignidade e santidade. Imaginando o murmúrio
desse coração de Mãe, se tem a sensação maravilhosa de uma maternidade provinda
do Criador, onde não há mácula ou sombra de pecado, e até a tristeza, que
ficara reservada alfim de tudo, tinha sua maravilhosa finalidade de salvar a
humanidade. Por isso, relembrei aos ouvintes, sempre atentos e silenciosamente
encantados com o tema, e que me pareceu ser bem alcançado por todos, cujo
reflexo pude ao final agradecer as palmas a mim destinadas, a importância
histórica de Nossa Senhora no mundo criado por DEUS, sua participação tão
grandiosa, desde o nascimento de CRISTO JESUS, como, em toda sua caminhada na
terra até sua morte física. Entre tantas participações de Nossa Senhora, na
vida pública de JESUS CRISTO, dei ênfase maior as Bodas de Canaã e a Assunção
Dela aos céus. Nesses episódios retratados pelos evangelistas, extrai com
particular cuidado a beleza do momento em que JESUS é contatado por sua MÃE
SANTÍSSIMA lhe informando que faltara vinho, e após, ser repelida por ÊLE,
porque entendia não ser chegada a hora de alguma ação milagrosa, ELA “sem dar
qualquer chance ao FILHO”, como se diria a modo popular “não deu a mínima
confiança”, e imediatamente ordenou simplesmente aos serviçais que enchecessem
as talhas de água, e as dispusesse à ordem de Seu FILHO, e ELE imediatamente
cumpriu sua primeira missão na terra, transformando a água em vinho, e de
tamanha qualidade que a todos encantou a ponto de “os donos da festa” ser
chamados a atenção pela maravilhosa casta, ser servida após esgotar o estoque
de vinhos de qualidade inferior. Outro destaque que dei a respeito da vida da
MÃE SANTÍSSIMA, foi exatamente a sua Assunção aos céus, de Corpo e Alma, para
ratificar sua natureza divinal. Não há, se perceberem ao ler os sacros
evangelistas, qualquer menção à morte e ou, ao sepultamento da MÃE de JESUS,
porque, volvendo a alguns escritos antigos, se percebe tal revelação dos
profetas. E, não poderia ser diferente, já que desde a revelação do Anjo do
Senhor anunciando a MARIA que ela serviria de tabernáculo para o FILHO DE DEUS,
porque, o Todo Poderoso encontrou GRAÇA e BELEZA em si. Diante de tais
exposições, minimamente, pela simples CONCEPÇÃO já estaria MARIA – como MÃE DE
DEUS HUMANADO, pontificada como expressão máxima do AMOR DE DEUS e sua
MISERICÓRDIA pela humanidade. Assim, encerrei minha fala agradecendo ao DIVINO ESPIRITO
SANTO a iluminação recebida para divulgar a MÃE SANTÍSSIMA DE SEU FILHO JESUS,
e assim, aguardei alguns instantes para ver a reação daqueles poucos
integrantes da assistência, e de pronto me vi consolado, pois, tive como
resposta à minha mensagem, alguns segundos de aplausos, e carinhoso contato dos
poucos, mas, maravilhados espectadores. E, enfim, terminei aquela noite, profundamente
marcada em meu coração. Sai daquela comunidade religiosa, com imenso prazer de ter
cumprido o dever de divulgar a VIDA SANTA DE MARIA – A ESCOLHIDA para todos os séculos
como a única mulher sem mancha do pecado original. OBRIGADO MÃE SANTÍSSIMA, e ROGAI
POR NÓS.
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