domingo, 8 de dezembro de 2013

                O DIA QUE FALEI PARA CINCO PESSOAS

                         Fui convidado num dia do mês de maio do ano de 2004, para fazer uma palestra numa igreja de bairro de Niterói. Passei o dia inteiro, entre o trabalho e meio perdido na redação do tema escolhido - A VIDA DE NOSSA SENHORA – MÃE DE JESUS, com a preocupação de ser o mais precioso possível, pois, o tema escolhido era de tamanha responsabilidade, que me deixara assim. Por volta das 16 horas, recebi um telefonema comunicando que seria a palestra realizada na própria Igreja, com inicio previsto para as 19:30hs. Passei aqueles momentos de certa angústia, não só pela responsabilidade que o tema exigia, como devia me preparar para receber e responder de pronto as perguntas que certamente iriam me fazer. Desenvolver um tema discursando, embora, tivesse experiência de falar em público, certamente, o local e o assunto, iriam mexer com meus nervos e meu metabolismo traria uma distância enorme entre a calma e serenidade, minha constante vigilância na fala e escuta e na maneira quase técnica de me dirigir a várias pessoas ao mesmo tempo em que as observaria se atentas ou não, ao meu falar. A lide profissional me ensinara a falar com variações diversas, quer alto ou baixo, emocionado ou irritado, enfim, adequando a fala ao assunto de modo a transmitir e convencer àqueles a quem endereçaria. Mas, naquela noite a situação era diferente, a plateia seria diferente, tanto na qualidade, como na especialidade. Tratava de público diferenciado, pois, interessado numa histórica passagem de um ser humano santificado por ordem direta de DEUS. O Local também merecia destaque e preocupação, por sua natureza e respeitabilidade. Assim, dobrava a responsabilidade e aumentava meu nervosismo, cujo desequilíbrio, me obrigava a movimentar intensamente no sentido de achar o tempo emocional para superar o clima tenso, somente sofrido e vivido por mim. Por várias vezes, quando me dirigia à Igreja, conversava comigo, e até em voz alta, na tentativa de me controlar, serenar meu ânimo, em busca do equilíbrio emocional, e assim, mais calmo desenvolver o tema que requer, além de profundidade de conhecimento, absoluta serenidade para receber e responder as perguntas que seriam fatalmente formuladas. Daí, num vai e vem, milhões de pensamentos povoavam e fervilhavam na minha cabeça, então, parti decididamente para Igreja, local da palestra, e já na porta, resolvi que antes de tudo, apesar de preparado para falar sobre o tema, iria entregar por oração, minha conduta dali em diante ao Divino Espírito Santo, pois, tinha convicção de que recuperaria a paz e serenidade necessárias ao desenvolvimento e conclusão daquela incumbência religiosa. Fui efusivamente cumprimentado pelo casal convidante, e pelo adiantado da hora, me dirigi logo à Capela do Santíssimo, e, naqueles instantes de profunda reflexão, pude me sentir confortado pelo Espírito Santo de DEUS, e, sereno, fui até o púlpito e, acomodando minhas escritas sobre Nossa Senhora, no cenário preparado para a palestra. Assim, de microfone em punho, cumprimentei a plateia, que se resumia a cinco pessoas, além do casal convidante. Nem liguei, fiz as citações constantes dos Evangelhos, a história de MARIA a MÃE DE DEUS, sua predestinação anunciada pelos Profetas, sua missão de sofrer e viver o sofrimento do filho JESUS CRISTO, mas, também, suas alegrias no período de desenvolvimento Dele, e o acompanhar na vida pública, com seus milagres, e vibrando com tais realizações, vendo-o crescer em dignidade e santidade. Imaginando o murmúrio desse coração de Mãe, se tem a sensação maravilhosa de uma maternidade provinda do Criador, onde não há mácula ou sombra de pecado, e até a tristeza, que ficara reservada alfim de tudo, tinha sua maravilhosa finalidade de salvar a humanidade. Por isso, relembrei aos ouvintes, sempre atentos e silenciosamente encantados com o tema, e que me pareceu ser bem alcançado por todos, cujo reflexo pude ao final agradecer as palmas a mim destinadas, a importância histórica de Nossa Senhora no mundo criado por DEUS, sua participação tão grandiosa, desde o nascimento de CRISTO JESUS, como, em toda sua caminhada na terra até sua morte física. Entre tantas participações de Nossa Senhora, na vida pública de JESUS CRISTO, dei ênfase maior as Bodas de Canaã e a Assunção Dela aos céus. Nesses episódios retratados pelos evangelistas, extrai com particular cuidado a beleza do momento em que JESUS é contatado por sua MÃE SANTÍSSIMA lhe informando que faltara vinho, e após, ser repelida por ÊLE, porque entendia não ser chegada a hora de alguma ação milagrosa, ELA “sem dar qualquer chance ao FILHO”, como se diria a modo popular “não deu a mínima confiança”, e imediatamente ordenou simplesmente aos serviçais que enchecessem as talhas de água, e as dispusesse à ordem de Seu FILHO, e ELE imediatamente cumpriu sua primeira missão na terra, transformando a água em vinho, e de tamanha qualidade que a todos encantou a ponto de “os donos da festa” ser chamados a atenção pela maravilhosa casta, ser servida após esgotar o estoque de vinhos de qualidade inferior. Outro destaque que dei a respeito da vida da MÃE SANTÍSSIMA, foi exatamente a sua Assunção aos céus, de Corpo e Alma, para ratificar sua natureza divinal. Não há, se perceberem ao ler os sacros evangelistas, qualquer menção à morte e ou, ao sepultamento da MÃE de JESUS, porque, volvendo a alguns escritos antigos, se percebe tal revelação dos profetas. E, não poderia ser diferente, já que desde a revelação do Anjo do Senhor anunciando a MARIA que ela serviria de tabernáculo para o FILHO DE DEUS, porque, o Todo Poderoso encontrou GRAÇA e BELEZA em si. Diante de tais exposições, minimamente, pela simples CONCEPÇÃO já estaria MARIA – como MÃE DE DEUS HUMANADO, pontificada como expressão máxima do AMOR DE DEUS e sua MISERICÓRDIA pela humanidade. Assim, encerrei minha fala agradecendo ao DIVINO ESPIRITO SANTO a iluminação recebida para divulgar a MÃE SANTÍSSIMA DE SEU FILHO JESUS, e assim, aguardei alguns instantes para ver a reação daqueles poucos integrantes da assistência, e de pronto me vi consolado, pois, tive como resposta à minha mensagem, alguns segundos de aplausos, e carinhoso contato dos poucos, mas, maravilhados espectadores. E, enfim, terminei aquela noite, profundamente marcada em meu coração. Sai daquela comunidade religiosa, com imenso prazer de ter cumprido o dever de divulgar a VIDA SANTA DE MARIA – A ESCOLHIDA para todos os séculos como a única mulher sem mancha do pecado original. OBRIGADO MÃE SANTÍSSIMA, e ROGAI POR NÓS.

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