quinta-feira, 2 de janeiro de 2014


                                      TRIBUTO A DR. ANTONIO DE PÁDUA RAMOS

Ainda que o recesso forense não tenha terminado, meu outro lado de "escriba" me faz cair sobre a escrita, e as palavras vão se desencadeando de forma tão normal quanto ao tempo, estivesse eu a descrever qualquer tese defensiva, e por isso, passo a escrever sobre o assunto que o descanso me impediu de fazer na data certa. Dia 29 de Dezembro de 2013, completei exatos 45 (quarenta e cinco)anos de diplomação em Direito, pela Universidade Federal Fluminense - antiga Faculdade de Direito de Niterói - FDN. Contando o tempo de PROVISIONADO - período de dois anos que exerci a advocacia, assinando junto à profissional devidamente registrado na Ordem dos Advogados do Brasil. Tal lembrança me imponho a revelar o responsável por minha vocação de advogado, de quem nunca deixei de admirar. Este ser, hoje lá no alto do céu, meu saudoso e inesquecível Tio e Padrinho Dr. Antonio de Pádua Ramos, por isso, quero deixar registrado e perpetuado, meus agradecimentos sinceros, pois, foi com quem dei meus primeiros passos na advocacia criminal, eis que, nessa época ja era Ele, Delegado de Policia Civil do Estado do Rio de Janeiro, tendo me ensinado muitas "manhas" jurídicas, técnicas de redação em Habeas Corpus, Mandado de Segurança, entre outras medidas rápidas e eficazes, com o fito à soltura de clientes. O zelo e a dedicação na direção do certo, do honesto, com a simplicidade e humildade, com que fazia presença na sua conduta diária como agente Policial, íntegro e respeitado, nunca chamara atenção de seus Superiores, mais interessados na Politicagem e transformação Politica, que o órgão sofria desde antes e depois do período recessivo, vivenciado. Não importa meu querido Padrinho Dr. Antonio de Pádua se os homens públicos de sua época e os de depois, nunca reconheceram seus valores e os valorosos serviços prestados ao Público, à Nação e ao Estado. Eu aqui de pena na mão, proclamo seus valores, de dignidade e moralidade no exercício de suas profissões - Advogado e Policial - que nas suas silenciosas atuações, sem escândalos ou oferecimentos aos noticiários, não permitia o espancamento de presos, obtenção por torturas as confissões, quando muitos dos seus pares assim agiam, e ou, qualquer tipo de maltrato, ainda que reconhecidamente malfeitores de pérfidas ações. Técnica e educadamente, mostrava os ângulos dos fatos, tipificava-os enquadrando-os devidamente, oportunizando ao Ministério Público, quando do oferecimento de suas Denúncias, embasar-se por seus Inquéritos, relatados com suficiência e capacidade de pesquisa quase cientificas, em transformação imediata em ações penais. Lembro de minha idas às Delegacias contigo, e de vez em quando, em situações de menores proporções, me pedia  Ele que o ajudasse a lavrar os registros, como que, me ajudasse a aperfeiçoar minha caligrafia e me antecipar no aprendizado e conhecimento da nomenclatura jurídica e dos tipos penais. Que saudade meu querido Padrinho. Homem de honra em todos os sentidos.Faço essa pequena apologia ao digno operário do Direito, que saiu ileso entre as transformações politicas no País, pois, sem quaisquer restrições, pode exercer suas profissões sem quaisquer incômodos, face sua moral ilibada. Faço esse reconhecimento Meu Padrinho querido, porque, me louvei em muito em vós, e agradecido, já completei 45 anos de atividade profissional como operador do direito, com o mesmo senso moral e grau de dignidade a mim deixado por ti como legado, e esse exercício de qualquer modo, saboreio o destaque que me vejo hoje privilegiado desde meus contemporâneos, como, os mais jovens que quase diariamente buscam de mim, técnicas daquelas nunca envelhecidas por ti ensinadas. Faço uso hoje, dessa gloriosa repercussão através do Facebook, para que se lembrem que por muitos anos tivemos alguém de quem jamais o alcançara o trecho da oração ao moços, proferida pelo Mestre Ruy Barbosa. De vós, meu grandioso Mestre Antonio de Pádua, ninguém do povo poderá dizer que um dia teria a vergonha de ser honesto, rir-se da honra, e quando esteve no poder público, este múnus foi exercido pelas mãos de um bom homem. Era o que me cabia, emocionadamente, retratar no auge de minha comemoração de quase meio século de atividade profissional. Dou-lhe este presente Meu Padrinho Querido, motivado pela lembrança que me veio à mente durante minha comemoração de 45 anos de formatura. Obrigado meu Tio, oro para que DEUS te honre com um lugar dos justos. beijo de seu querido sobrinho e afilhado.

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